
(por Mariana Viktor)
Por que será que, na maioria das vezes, não conseguimos empreender algo que tanto queremos na vida pessoal, afetiva ou profissional?
Tentamos diversas vezes (mudar a alimentação, ser mais tolerantes ou mais organizados, por exemplo), mas cada tentativa parece nos frustrar mais. Isso soa familiar?
Convido você a fazer um teste muito interessante – deu certo várias vezes para mim e também para todos os clientes que atendi ao longo desses anos. É simples: determine-se a parar de tentar – e FAÇA.
– Como assim?!
Imagine que seu cérebro é um computador (o que, aliás, é mesmo, o melhor!). Com todos os recursos que você sabe que ele tem e mais os que você nem desconfia, esse computador roda o comando que você der a ele. Se você disser a ele “tente ser mais organizado” é exatamente isso que ele fará: vai tentar e ficará tentando e tentando. Se você disser “vou ser mais organizado” também é isso que ele fará.
Aparentemente, as duas instruções estão dizendo a mesma coisa, mas de fato são ordens distintas – e a diferença entre elas, além dos comandos em si, chama-se atitude interior.
Se eu quero algo, se tenho a intenção de conquistar esse algo, se desejo muito alguma coisa, mas não digo para mim mesmo com convicção que vou chegar lá e não movo todo o meu ser nessa direção, o mais provável é que eu continue querendo, desejando e com a intenção de conquistar – mas não conquista.
Se eu me mover como se… Lembra quando se apaixonou? Lembra como a pessoa não saia da sua cabeça e do seu coração nem por um momento? Como você pensava, sentia, respirava a presença dele ou dela o dia inteiro? Pois então. Se você se mover atrás dos seus objetivos impulsionado por uma atitude interna dessa intensidade, a tentativa se tornará uma decisão e a decisão fará com que você pare de tentar e faça.

Para desenvolver essa motivação intensa existe um segredo: tome consciência de tudo que terá a ganhar se você agir e finalmente realizar o que deseja. Faça uma lista detalhada, feche os olhos e sinta demoradamente o gostinho dessas vitórias como se elas já estivessem acontecendo.
Se isso não for suficiente, faça outra lista: a de tudo que você pode perder caso continue apenas tentando. E depois, se pergunte: “até quando continuarei tentando e deixarei de agir?”